2016/09/29

Gastronomia Avant-Garde


Gosto da minha alheira tostadinha. Não me impressionam as alheiras que chegam à mesa com o casaquinho intacto. Fazia, até à data, questão de picar e prensar a minha na frigideira. Quanto mais esventrada melhor, significava extra crispy.

Há uns tempos, inventei - se calhar já alguém tinha inventado antes, mas fi-lo, pelo menos, sem conhecimento de eventual invenção anterior, não perdendo, por isso, a meu ver, o devido mérito - as "bolachinhas de alheira": pequenas almôndegas de alheira, espalmadas e tostadas na frigideira (estreadas em casa da C. e do C. numa noite de petiscos e Game of Thrones).

Hoje fui ainda mais além, inventando (talvez) a "panquecalheira": duas alheiras esventradas (sim, porquê comer a tripa artificial?) e espalhadas pelo fundo da frigideira, tostadas de um lado, viradas no ar - a primeira tentativa podia ter corrido melhor, com menos alheira quase desperdiçada no fogão (sim, que não se safou) - e tostadas do outro lado, com repetição do processo mais um par de vezes, para garantir a qualidade da tostadura.

Acompanhar com um ovo estrelado, batatas fritas e uns legumes salteados com cuscuz (para parecer saudável =D). Garanto que é melhor que sushi (pelo menos para mim, que não gosto de sushi).


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