2008/10/03

Peido

   A propósito de uma conversa de merd@, veio-se-me à lembrança a minha contribuição para um post sobre a acústica dos gases intestinais (no Absinto) em que tentei clarificar o mecanismo de produção do som. Até fiquei emocionado (e impressionado) comigo mesmo!...

   Já pensava que me seria impossível revê-lo (dadas as minhas parcas capacidades de memorização, que me impediam já de me lembrar do blog em que o tinha escrito) mas, ao que parece, é bastante fácil (e, já agora, ridículo): basta fazer uma busca no Google por "João Esquecido Peido" (cortesia da S.).

(claro que agora, por causa deste post, passou de 1º lugar para 3º...)      

2 comments:

Anonymous said...

Repito,
...E nem sequer me posso dizer uma pessoa triste por ter feito uma pesquisa pelo teu username comum + "peido"... mas se calhar devia.

:)*

João Esquecido said...

A página deixou de existir, mas encontrei uma versão na cache do Google.

O post diziz assim:

Agora a dúvida científica (sim, que isto é um artigo sério): Se tanto no peido como na bufa temos gases que vêm dos intestinos até sairem pelo olho do cu, porque é que o primeiro provoca um ruído e a segunda não ? Eu não percebo nada de anatomia, mas sei umas coisas de Física. Para se gerar um som, é necessário provocar ondas sonoras que se propaguem pelo ar, por exemplo com uma vibração. Então o que se passa ? Os gases percorrem caminhos diferentes para o peido e para a bufa ? Não faço ideia. Estou completamente às escuras nesta anal dúvida científica.

Alguém tem a resposta para esta pertinente questão ?


O meu comentário dizia assim:

O som é produzido pela vibração do esfíncter anal (músculo que controla a abrertura/fecho do orifício anal). A frequência (nota) e amplitude do som dependem maioritariamente da rigidez e forma do esfíncter e da velocidade com que os gases saem. Para a mesma forma e rigidez do esfíncter, quanto mais rapidamente sair o gás, mais agudo será o som. Cada configuração do esfíncter (forma e rigidez) terá uma frequência para a qual a amplitude do som será máxima (a frequência de ressonância).

Resumindo: o barulho depende maioritariamente da força com que os gases são expelidos e o tom (grave/agudo) da configuração do esfíncter. Daí podermos controlar a melodia com movimentos de pernas (que influenciam a configuração do esfíncter).

Satisfeitos?

P.S. - Eu sou engenheiro. Não obstante, sei que esta explicação poderá ser alvo de ataques fulminantes mas infundados. Aceito correcções menores e até desenvolvimentos insignificantes. Quanto ao resto, só digo uma coisa: Tou-me a cagar!


E depois de algumas contra-respostas desorientadas acrescentei:

Peço perdão por não ter respondido directamente à questão. Com a dissertação acima pertendia concluir que:

As bufas não se ouvem porque a velocidade de expulsão do gás não é a suficiente e/ou a configuração do esfíncter (rigidez e forma) não é propícia à sua vibração no momento da expulsão.

Tenho dito.

Além disso, aproveito para expressar a minha profunda convicção de que a crença que o cheiro das bufas é pior do que o dos peidos é um mito. Admito, porém, que o cheiro das bufas pode ficar mais concentrado (mais localizado) visto a velocidade de expulsão do gás nessa situação não fomentar a sua rápida diluição na atmosfera circundante. A meu ver, o cheiro do gás apenas se deve à alimentação e à flora intestinal.